30/12/2017

OITO chaves

Caminho por aí e estou com um sorriso na cara, estou contente mas ao mesmo tempo sinto que perdi um grande pedaço de mim e o vazio então, preenche-me.

Olho para trás e não vejo ninguém, não está mesmo ninguém a estas horas na rua e sinto-me estupidamente aliviada.
Lutei por estes sentimentos o ano inteiro e ironicamente só no fim deste obtive o resultado, como se fosse um sinal do suposto destino a dizer para recomeçar sem qualquer fantasma.
Não houve quaisquer sinais de nervosismo, não houve sequer uma única borboleta ali perdida a fazer com que ficasse acelerada... Nada.
Sorri mal senti que não estava sequer a forçar ou a disfarçar como antes fazia mesmo para mim mesma.

Mas como tudo também existe o lado negativo, como é que é suposto eu ficar quando sinto que não volta mesmo mais? Como é suposto eu reagir ao ver que o sentimento que mais me fez "viver" finalmente havia morrido? É complicado e difícil de equilibrar o bom e o mau mas basta saber que o que era, ja não é o mesmo há muito tempo e que devo preservar o bom.
Guardar a oito chaves o bom, apreciar quando for lembrado e usar como uma boa e triste história.

Pedi muitas vezes para um alguém que já não existe voltar ao som desta música, e com a mesma música afastei-me da casa que nunca mais irei entrar, desejei por segundos ter o seu contacto e agradecer, agradecer por sem saber me ter levado novamente a um melhor patamar.
Mas não posso, já não posso fazer um milhão de coisas e habituar foi fácil, difícil foi lidar mas tudo que é bom não é fácil.

Cheguei a uma conclusão e o meu melhor sorriso aparece, estou feliz por ter acabado e por ter sido eu a trazer isto a mim mesma.
Não sei o que o próximo ano me vai trazer mas sinto que neste não podia ter acabado melhor, foi das maiores e melhores vitórias.

Diz-lhe adeus por mim se ainda te encontrares .

“ Mas tu não voltas
Partiste para outro mundo ”

                               11-06-2016/30-12-2017

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