08/10/2017

queImAR

Amores de adolescência. Começam por muito pouco e o futuro julgam ser nenhum, no entanto eu e ele fomos uma exceção... Uma exceçao que no fim de muitos anos se tornou igual a todos os outros casos, acabados.

Hoje, parece o dia em que tudo acabou mas não...Já passou um maldito ano que não tenho companhia, já passaram 12 meses em que todos eles o desejo do teu regresso era constante. Nós os seres humanos somos egoístas, idiotas e cegos por estarmos preocupados com o que poderíamos ter invés de desfrutar do que realmente temos, quando chove pedimos um raio do sol mas quando esse raio aparece afinal descobrimos que o frio era melhor opção. Eu amava-o mas nunca soube medir quanto mas afinal, o que eu pensava que sentia eu descobri que sentia em dobro porque o sentimento que quis matar só aumentou, não diminuiu.
Nunca é tarde para dizer algo, e é por isso que escrevo esta carta em cima da nossa antiga mesa de jantar, antiga... Porque já não é tua, e agora também já não é minha.
Nós somos um baloiço, e como tal nós nunca decidimos o quê e quem realmente queremos connosco porque como disse, só estamos mal com o que não temos.

Tenho duas malas em cima do sofá e ainda me falta guardar as nossas fotografias e memórias por aqui espalhadas mas ainda não decidi o que realmente fazer com elas porque aprendi que não posso deixar a arder, tenho que queimar de vez e é esse o ponto disto, o meu fim de ti.
A minha despedida e o meu aviso que vou ser feliz com alguém que me valorize, que se interesse por mim todos os dias e que não me tome por garantida.
Destruímos o conceito de amor, traímos os jovens adolescentes que fomos quando quebramos promessas ditas ao ouvido um do outro quando tudo estava negro, tinhamos nada que foi transformado em tudo... Um tudo que não foi estimado, agora somos adultos com memórias felizes que preferimos enterrar do que alimentar e somos fracos, fracos por não tentar reanimar este adormecido mas ainda vivo amor.
Desculpa, sei que merecias melhor que uma carta de publicidade com letras meias tremidas pelo medo que tenho ao abandonar esta casa que foi o meu lar, o nosso lar. Posso desfazer muita coisa na minha cabeça, mas não te consigo desfazer a ti... A tua imagem está guardada a sete chaves no fundo onde só a minha inconsciência poderá chegar quando estiver a dormir.

Ainda somos jovens mas por mais velha que vá ficar e a minha memória piore, vais sempre ser o meu sacana que só sabia fazer porcaria no secundário e o primeiro homem com quem partilhei tudo, estas paredes contam uma história enorme.

Eu vou ser o que sempre quiseste que fosse, feliz. E não volto.