28/02/2018

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Somos seres humanos que deixamos muito passar ao nosso lado e nem damos conta do facto de um simples hospital ouvir mais rezas que uma igreja, só fraquejamos quando estamos na corda bamba em que manter o equilíbrio já não nos compete a nós. Séries de aeroportos que presenciam partidas com receio do regresso, centenas de lágrimas derramadas num sítio de simples passagem.
Depositamos demasiado no que não devemos e ainda pior em quem não devemos, se as flores morrem porque haveria um relacionamento de prevalecer? Amor não chega para manter a flor de pé, amor infelizmente não é tudo e que egoísta é esta realidade.

Para nós sabermos o que é ganhar temos que perder, para conhecermos o sabor de algo temos que provar, e para tudo que nos faz bem um dia tivemos que estar mal... A vida não pode ser simples, que piada iria ter? Vida que infelizmente termina muitas vezes sem um alerta, um alerta que nos permita cumprir coisas da nossa lista imaginária, que nos deixe dizer o que, um dia, preferimos guardar e principalmente valorizar, quando se toma algo por garantido a flor morre por falta de alimento. E a triste verdade é esta, nós só valorizamos a vida que temos por sabermos que um dia tudo termina e seremos mais alguém que morreu de sei lá o quê.

Porque no fim, é isto mesmo, não interessa se o nosso berço foi de ouro ou cartão, nem sequer interessa o dinheiro que possuímos no banco, o nosso fim é igual a todos os outros.

A vida passa a correr mas não significa que tenhamos de correr com ela, nunca existe tempo para tudo mas há que valorizar o que nos é dado, apreciar todo  o tipo de pormenor e não pensar na próxima conquista... O a seguir é depois e não sabemos se estamos cá depois.

O ser humano deixa passar muito ao lado tanto que, as melhores coisas que vivemos começa com "naquele tempo", simples coisas que o "ao lado" foi a única proximidade que tiveram.

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