31/01/2018

ErrO

Procurei uma simples caneta de cor qualquer e ignorei o número de pessoas que me rodeiam e vêm este meu estado. O médico pede positivismo mas não quero deixar algo por ser escrito nem algo guardado em mim.

Escrevo e escrevo mas são palavras soltas e sem sentido mas sei que ele irá perceber, quem lê os meus olhos, irá ler isto também.

Falo de saudades e falo dos dias escuros que tenho vivido sem conseguir ser o motivo do riso dele, sem sequer ser algo para ele no dia-a-dia..
É difícil de explicar em voz alta a nossa relação, é muito complexo e inexplicável a nossa conexão e a nossa própria linguagem... O tempo está a escapar-me pelas mãos, as lágrimas a fugir e eu contínuo sem saber para que lado seguir sem ter o puxão constante para vencer as minhas inseguranças e batalhas.

A minha vida pode estar realmente a acabar mas jamais quero que acabe sem saberes o que realmente mereces, não para me perdoares mas para saberes que contínuo a ser a pequena menina que adorava a tua atenção pela manhã mesmo com as nossas más-disposições e que principalmente ainda sou a rapariga que é capaz de cantar contigo no meio da rua uma música que julgamos mais ninguém conhecer.
A verdade é que és só um, apenas um ser humano nesta vida mas és o meu um motivo para realmente haver sempre mas sempre um lado bom das coisas, não interessa o dia frio que havia passado nem a quantidade de chuva que havia apanhado... ainda te tinha a ti para me realmente aquecer e me confortar.

Li aqui pelas revistas do corredor do hospital que os erros não nos podem definir como pessoas e é meio que contraditório, não achas? Nós erramos sim mas podemos deixar de ser nós, podemos falar sem pensar e pensar sem agir. Mas os erros têm essa particularidade, não são esperados... Pelo menos pelas pessoas que aos nossos olhos chegam a ser perfeitas. De  inesperados também são sem intenção e sem controle na destruição que fazem.

É incrível como pensei que tivesse todo o tempo do mundo para esperar por ti e pela minha alegria chegar porque acredita que esperava esta vida e a outra só para voltarmos às turras acerca dum jogo qualquer mas mais uma vez o que pensei controlado não era, sou realmente um erro constante coração.

Podia dizer-te obrigada mas prefiro arriscar e quem sabe errar mais uma vez ao esperar para nascer uma palavra maior que obrigada, obrigada é demasiado básico para ti.
É triste e sufocante ver-te tão perto e longe mas lanço um sorriso por ainda sequer ter a sorte de te ir vendo e ouvindo.

Amo-te e para nós todas as músicas de Mamma Mia, todas as piadas sem graça e todos os metros que já nos ouviram rir e discutir.

(Feito para o meu maior apoiante deste blogue).

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